segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Fonologia

A fonologia do Tupi moderno, pode, à primeira vista, parecer uma simplificação grosseira da fonologia do tupi clássico. De fato, houve uma redução de vogais como 'e' e 'o' para 'i' e 'u', além do desaparecimento de consoantes intervocálicas, como d, e transformação de 's' em x. Analisar tal fenômeno como deturpação ou grosseria, seria, no mínimo, ser preconceituoso. Esse fenômeno existe também em português do Brasil: analise-se a frase emblemática 'leite quente dá dor no dente'. Falada com a pronúncia recifana, teriamos 'leiti quenti dá doch nu denTi'. A pronuncia carioca seria :'leitchi queinti dá doch nu deinti' e na fala paranaense : 'leitE quEntE dá doR no dEntE.'* Esse fenômeno ocorreu também, entre outros, na migração do grego ateniense, para o moderno:.
                      "All the sounds in Greek are now exactky the same, reduced, that is to say, to a like thin and slender character, and
                              subjected to the authority of a single letter, the iota; so that all one can hear is a feeble piping like that of sparrows,
                              or an unpleasant hissing like that of snakes."
                                                            (ASCHAM, ROGER, citado em MOREWOOD 2001)
Nas páginas específicas, abaixo listadas, há especificação do que foi tratado aqui, principalmente no que envolve as consoantes e as vogais.


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*aqui cabe explicar a notação usada, já que por problemas técnicos não me foi possível utilizar a notação da IPA. 'T' no dialeto de recife e do paraná, é o 't' do IPA. No dialeto carioca, é o 'tz' do IPA. O r, no dialeto recifano e carioca, é o 'X' do IPA, enquanto o 'R' é o tap retroflexo. Por fim, 'E' é apenas o 'e' do IPA e o 'i' é o 'i' do IPA

1-Morewood, James. Oxford Grammar of Classical Greek.
Oxford, Oxford University Press, 2001
2-http://www.langsci.ucl.ac.uk/ipa/IPA_chart_(C)2005.pdf
Acessado dia 02 de fevereiro de 2011 às 16:20

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