sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Alfabeto

O idioma Nheengatu não possuia alfabeto padronizado, como é o caso do
idioma português, do espanhol ou outros. Na verdade, a escrita dependia de
quem escrevia, de seu idioma original e de sua interpretação dos sons.
Podemos citar, como exemplo, o texto clássico de Hans Staden, em que
palavras simples se transformavam, de acordo com o idioma alemão do náufrago.
Diversas tentativas de padronização já ocorreram, em diversos
períodos, propostas por diversos autores. Simpson, por exemplo, sugeria o uso
do 'h' como sinal de pausa glotal. Já para Couto Magalhães, era mister repetir
a vogal, sem um sinal específico de oclusão. Ainda segundo Magalhães, usava-se
a letra 'o', mesmo em palavras que, para Simpson, fossem escritas com u.
Usando essa dicotomia, por exemplo, teríamos: 'hu iku', para Simpson e 'oiko',
para Magalhães, pronunciando-se ambas da mesma forma: 'u-iku', ele está. 
Da mesma forma, a incubadora da wikipedia em nheengatu sugere que se utilize,
para a mesma palavra, a forma 'wikw' usando o 'w' como semi-vogal. Pensando
nesse princípio, por questões metodológicas, propomos a utilização do alfabeto
do Tupi Clássico sugerido por Navarro. Por ser uma padronização, que tenta
refletir padrões próprios do português, sem influências em questões íntimas da língua,
é a que melhor se apresenta para o aprendizado neste sítio.
Deixamos claro, porém, que utilizaremos materiais que divergem desta postura,
e, em ocasião oportuna, explicaremos outras formas de grafia, para que se
possa utilizar sempre compreender as diferentes formas de se escrever em nheengatu

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