quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Barigui

A cidade de Curitiba foi construída sobre 6 grandes bacias hidrográficas, todas afluentes do rio Iguaçu. Dentre elas, pode-se destacar a bacia do rio Barigüi, cujo principal rio, homônimo, começa e termina dentro do território da capital paranaense. 
A colonização da bacia do rio Barigüi é recente, se comparado à ocupação de outras áreas da cidade.[1]  Boa parte da bacia começou a ser ocupada efetivamente entre 1985 e 1995, sendo as áreas mais antigas datando de 1938.[2][3] Não se deve, porém, esquecer que havia um grande número de fazendas  e casas religiosas na região. Como exemplo, pode-se citar o Colégio Marista Paranaense, que foi fundado em 1905 no bairro do seminário, nunca mudando-se de local. A colonização urbana propriamente dita começou entre 1938 e 1966. [4]
Por ser,  a área da bacia, pantanosa, rodeada de fazendas, muitos insetos e animais ainda viviam ali. Alguns ainda existem ali, como as capivaras, que foram re-introduzidas ao seu habitat natural, quando da criação do parque Barigüi. Outros rarearam, mas ainda podem ser encontrados, como mosquitos da família Ceratopogonidae, gênero Culicoides.[5] É de uma espécie desses mosquitos, os pólvora (Culicoides Paraensis), é que advém o nome do rio barigüi.[6] Barigüi em tupi, grosso modo, significa mosquito, mosquito-pólvora. Em guarani paraguaio moderno, a palavra para mosquito é mbarigui[7] e, em tupi do litoral, segundo relata José de Anchieta, seria marigui[8]. 


1-Carta de ocupação Urbana. 
Curitiba. IPPUC 1997
2-Idem
3-Idem
4-Idem
5-http://pt.wikipedia.org/wiki/Maruim
Acessado dia 28 de outubro de 2010 às 17:47
6-Tibiriçá, Luiz Caldas. Dicionário de Topônimos Brasileiros de Origem Tupi.
São Paulo. Traço Editora. 1985
7-Acosta, Feliciano; Canese, Natalia Krivoshen de. Diccionario Guaraní Español Español Guarani.
Assunção. Instituto Superior de Línguas, UNA. 2006
Assunção. Ediciones y Arte. 1997 (2006)
8-Anchieta, José de. Carta de São Vicente

  





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